sábado, 30 de maio de 2009

Pr1 - Caminho do Xisto de Benfeita – Arganil

No dia 16 de Maio lá nos encontrámos no local do costume, bem cedo para mais uma aventura, desta vez com três novos elementos, o Alexandre, a Cristina e o Bruno.
O percurso escolhido para este dia foi o Pr1 Caminho do xisto de Benfeita em Arganil.


Perfil:

Tipo de Percurso: Pedestre circular
Ponto de Partida e Chegada: Largo do Ameal, Benfeita
Distância: 10 Km
Desníveis: 510 m
Altitude Máxima: 647 m. Na aldeia do Sardal
Altitude Mínima: 300 m. No ponto de partida e chegada
Grau de Dificuldade: 3 - algo difícil
Época: Março a Outubro
Cartografia: Cartas 1/25.000 do I. G. do Exército nº 232, 233 e 244
Track GPS:
CXBenfeita.GPX
Mapa do Percurso: troco_pontos.pdf

















Como já vem sendo hábito, às 10 horas da manhã, estávamos em Arganil no lugar de Benfeita, onde começa e acaba o percurso, prontos para dar início a mais uma aventura quando apareceu um popular oferecendo-se para nos dar algumas indicações sobre o percurso, o que se revelou útil.


Mal saímos de Benfeita, deparámo-nos com uma paisagem agrícola e umas casas de xisto que nos fazem ter uma ideia agradável do que nos espera


Esta parte inicial do percurso é toda feita num trilho estreito muito bonito que serve de serventia aos terrenos agrícolas.

Já com Benfeita ao longe apareceu-nos a primeira subida acentuada a avisa r-nos que estávamos a chegar à conhecida Serra do Açor.

Mas como já é costume, as grandes subidas são, no fim, sempre recompensadas com vistas magníficas de todo o vale.



















Começávamos agora a ouvir o rio que se ía mostrando timidamente por entre a densa vegetação. A partir deste ponto o rio iria acompanhar-nos até ao final do percurso.

































Pelo caminho, lá iam aparecendo, aqui e ali as casas tradicionais de xisto que contrastam com o verde da vegetação, dando um toque de classe à região.


Foi neste lugar, que tem tanto de belo como de perigoso, que os Rompe Solas viveram o momento de maior tensão, quando um dos elementos, num misto de facilitismo e imprudência, escorregou no xisto molhado precipitando-se numa queda aparatosa e desamparada para uma silveira, que felizmente, para além dos arranhões, não teve consequências graves. Aqui, perante uma situação inédita para o grupo, a calma foi mantida e o espírito de grupo e de entreajuda prevaleceu para as manobras de resgate.
Deve-se referir que este percurso tem bocados perigosos, especialmente este com muito musgo, obrigando a uma concentração permanente e muito cuidado.


Passado o susto, e feito o devido curativo, continuámos o nosso caminho, avistando ao longe a aldeia de Sardal, uma aldeia típica que teve a curiosidade de não termos visto um único habitante.

Como já iam sendo horas decidimos parar à saída da aldeia do Sardal para almoçar e recuperar forças para o restante caminho, mas ainda tivemos tempo para ver um aviso muito importante que todos devem respeitar.
Recuperadas as energias, voltámos a romper solas novamente por trilhos rodeados de vegetação rasteira e abundante em plena Mata da Margaraça até à famosa Fraga da Pena, um recanto de xisto com vegetação peculiar que, num curioso acidente geológico, se encaixa uma linha de água imponente que do alto dos seus 70 metros debita frescura numa lagoa cristalina.























Depois de passar longos minutos a usufruir de tamanha beleza e a carregar baterias, voltámos ao trilho em direcção à aldeia de Pardieiros, um lugar calmo, de gente calma e simpática. No café, um miradouro oferece-nos uma visão deslumbrante de todo o vale.



Convém referir que em toda esta secção, entre a aldeia de Sardal até à aldeia de Pardieiros, não existe a marcação do Pr1, tem apenas uma marcação de um percurso do ICN a azul e no sentido contrário. Esperemos que seja alterada esta situação o mais breve possível.



A partir daqui foi quase sempre a descer até Benfeita, alternando o cenário, de ribanceiras com arvoredo denso, para vegetação rasteira com riachos.

















Até voltarmos a encontrar campos de cultivo, sinal que nos aproximávamos do final.




















Chegámos novamente a Benfeita, mais de cinco horas depois de termos partido. Em jeito de conclusão, este percurso foi o mais lindo, mas também o mais perigoso que fizemos, sendo altamente recomendável que se faça sem pressas e com o tempo seco.





E assim nos despedimos de Benfeita, com mais um percurso no currículo ficando a aguardar uma nova aventura dos Rompe Solas.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PR2.3 – Sever do Vouga – Cabreia e Minas do Braçal



No passado dia 25 de Abril, os Rompe Solas conquistaram três novos membros, o Nuno, a Ana e a Bia.






Saímos de Anadia bem cedinho e por volta das 10h estávamos a iniciar o PR2.3, em Sever do Vouga. O PR2 divide-se em 3 percursos de diferentes distâncias : PR2.1/PR2.2/PR2.3.



Características do PR 2.3


Partida e Chegada: Parque da Cabreia

Âmbito: cultural, ambiental e paisagístico

Tipo de Percurso: De pequena rota, por caminhos florestais

Distância a Percorrer: 10 kms (aproximadamente) em circuito

Duração do Percurso: Cerca de 4 horas

Nível de Dificuldade: Baixo/Médio

Desníveis: moderados

Época Aconselhada: Todo o ano, especialmente no Verão pois grande parte do percurso é feito à sombra.

Mais informação:
www.cm-sever.pt





O primeiro cenário com que nos deparámos é, de facto, magnífico…


























Ao redor da cascata de Cabreia (que tem aproximadamente 25 metros) encontra-se o Parque de Lazer da Cascata da Cabreia, óptimo para quem quiser passar algum tempo em família ou com amigos, desfrutando dos prazeres verdejantes e frescos da natureza.Começámos a subir a floresta de vegetação densa acompanhados, nesta fase, pelo rio Mau. Mais à frente passámos para a outra margem do rio, atravessando uma ponte de madeira.



Depois de continuarmos a subir mais um pouco e de nos distanciarmos do leito do rio, passámos pela aldeia de Fojo, muito típica e pacata, mas muito agradável.





Depois entrámos numa zona de eucaliptal que para todos nós foi a única parte entediante do percurso. A extensão percorrida no eucaliptal é ainda considerável e não tem nada de bonito para se observar, antes pelo contrário, pois de onde a onde eram observáveis autênticas lixeiras ao ar livre!



Aproveitámos para dar uma olhadela ao mapa do percurso numa tentativa de procurar saber se faltava muito para entrar numa zona interessante






Foi então que avistámos a placa de orientação para a Fundição. Fizemos então um pequeno desvio até chegarmos à dita Fundição, que já se encontra em ruínas, com excepção da chaminé (altíssima). É um local que nos envolve com o seu odor a história… nestas ruínas ainda se podem encontrar documentos e facturas da época em que as minas eram o sustento da maioria da população desta zona. Enquanto explorávamos as ruínas encontrámos um documento que datava de 26 de Abril de 1974.





















Abandonámos a Fundição e retomámos as marcações do PR2.3 e logo de seguida deparámo-nos com um pequeno túnel que nos aventurámos a explorar uns metros. Ainda que a curiosidade fosse muita, achámos que não era uma atitude responsável avançar mais. Segundo apurámos posteriormente, este túnel serviria para fazer a extracção dos fumos da fundição



Um pouco mais adiante, já com o rio Mau por perto, encontrámos as minas do Braçal – um lugar em ruínas onde o verde da natureza ajudou a tornar belo o antigo edifício. Das minas do Braçal extraía-se chumbo argentífero e pequenas quantidades de volfrâmio. Estas minas foram desactivadas em 1959.





Um pouco mais à frente estava o sítio ideal para renovar energias. Almoçar em lugares assim só pode revitalizar todo o nosso organismo...



Já cheios de genica fomos romper solas mais um pouco. Antes de continuar o PR2.3 aproveitámos para desfrutar das pequenas quedas de água que existem em redor do sítio onde parámos para almoçar.




















Seguindo as marcações do PR2.3, começámos a entrar num pequeno carreiro ladeado por buxo, até que chegámos a um complexo que pertenceu às Minas do Braçal onde em tempos funcionaram os escritórios e onde se podem encontrar vários documentos da Portucel. Aqui também se encontra a antiga “Casa do Engenheiro”, um dos antigos administradores. Todo este complexo se encontra rodeado de cameleiras e arbustos, transmitindo a ideia de que em tempos este lugar teve belos jardins.


Retomámos novamente o nosso trilho e seguimos o rio, apreciando a vegetação.



Até que chegámos às Minas da Malhada, não tão imponentes como as Minas do Braçal mas também muito bonitas.



Depois de uma subida um pouco íngreme que custou um bocadinho a fazer, pois já nos aproximávamos do final do percurso e as pernas já se queixavam um pouco, chegámos novamente ao Parque de Lazer da Cascata da Cabreia, onde aproveitámos para realizar alguns exercícios de alongamentos e respirar uma vez mais a frescura da cascata antes de partirmos até Anadia, onde vamos estar expectantes até dia 16 de Maio – próxima data para romper solas!